1. Artista com uma longa carreira
José Maria Fernandes Marques nasceu a 25 de Novembro de 1939, na cidade de Guimarães, onde viveu até 1957. Em 1958, já em Lisboa, iniciou os estudos no âmbito da pintura e do desenho com Teresa de Sousa e Gil Teixeira Lopes. Frequentou os cursos de gravura da Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses onde conheceu Hogan, Júlio Pomar, Almada Negreiros, Bartolomeu Cid dos Santos, entre outros. Partiu para Paris em 1961, altura em que tomou contacto com a pintura fauve, que o acabará por influenciar no futuro. Foi neste ano que adotou o pseudónimo de José de Guimarães, em homenagem à sua terra natal. No ano seguinte viajou para Itália, onde teve oportunidade de ver os frescos de Miguel Ângelo e as pinturas de Morandi e Giorgio de Chirico. Após mais um ano de estadia em Paris, visitou Munique e encontrou Klee, Kandinsky, a Bauhaus e a Die Bruecke. Em 1967, em África, integrou uma comissão de serviço militar em Angola. Aí, interessou-se pela arte negra e iniciou a sua incursão no mundo das colagens. Ainda em Luanda, publicou o Manifesto aos pintores inconformistas - Arte Perturbadora - onde afirmará “Aproximem-se da vida e usem as matérias do nosso tempo. Dai beleza ao aço, ao alumínio, ao betão e ao plástico.” Regressou a Portugal em 1974 e em 1980 começou a esculpir. Nestas viagens e influências da arte do século XX está o âmago da arte de José de Guimarães, que continuou sempre a busca por novas realidades artísticas. Neste âmbito, realizou ainda viagens ao Japão, China, México ou Tunísia. De todos recolheu dados e perspectivas importantes que trespassam nas suas obras. Em 2001 recebeu o Prémio de Consagração de carreira, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores e, em 2009, a Grã-Cruz da Ordem de Mérito.
2. Vasta e diversa produção
José de Guimarães é considerado um dos principais artistas plásticos portugueses de Arte Contemporânea, tendo uma vasta e notável obra na pintura, escultura e outras atividades criativas, o que faz com que seja dos mais galardoados artistas plásticos Portugueses. É um artista que já produz há muitas décadas, então tem uma vasta e diversas produção. Desde figuras ligadas à Arte africana até à cultura portuguesa, denota-se uma cruzamento de temáticas, nas quais conseguimos encontrar alguma obra que nos desperte o olhar de forma peculiar.
3. Obras de arte com valor para todas as carteiras
José de Guimarães criou obras de arte em diferentes meios, desde pintura, escultura, serigrafia, colagem, entre outros. Esta diversidade estabelece uma diferenciação de preços nas suas obras. Por exemplo, as serigrafias terão um valor menor do que uma pintura, sendo mais fácil para colecionar.
4. Famoso em Portugal mas também no estrangeiro
Em Portugal, José de Guimarães teve um forte envolvimento com a Capital Europeia da Cultura, em Guimarães, que viu nascer o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), integrado na Plataforma das Artes e da Criatividade. A própria Imprensa Nacional-Casa da Moeda, assinalou a Capital Europeia da Cultura através da cunhagem de uma moeda comemorativa da autoria do artista plástico. Já em 1990 foi-lhe concedido pelo então Presidente da República Portuguesa, Mário Soares, o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Contudo, a sua carreira "definir-se-ia pela descoberta de regiões distantes e incomuns, de África ao Japão, do México à China. Cada uma destas culturas estimulou-o a desenvolver uma linguagem universal e a transmitir um universo imaginário que, afinal, reaviva a memória da própria História portuguesa, feita de enriquecedoras relações com países longínquos". O seu trabalho, encontra-se representado nas mais relevantes colecções institucionais em Portugal e um pouco por todo o mundo, desde europeus, bem como nos Estados Unidos da América, Brasil, Canadá, Israel e com especial incidência no Japão, onde propõe cruzamentos com a arte de civilizações não ocidentais – africana, chinesa, mesoamericana –, uma busca incessante de relações não-verbais, a que não é estranho o labor de coleccionador a que se vem dedicando há várias décadas.
5. Ficará para sempre na história
Conhecido pelo nome da cidade onde nasceu, José de Guimarães é uma figura da arte portuguesa, que explorou diversas áreas desde das artes plásticas, passando pela geologia, engenharia até à arqueologia. A sua produção de década carateriza-se pelas cores fortes e alegres, e pelo cruzamento de temáticas entre animal e humano, o mineral e o vegetal. Durante décadas o artista português colecionou arte africana, pré-colombiana e arte antiga chinesa que agora se encontra em exposição no CIAJG - Centro Internacional de Artes José de Guimarães. A sua carreira será sempre relembrava e revivida ao longo da história, sendo que as suas obras de arte terão sempre um valor significativo.