Um novo mural do artista anónimo Bansky apareceu no norte de Londres e foi autenticado pelo artista.
O próprio metamural, na Hornsey Road, em Finsbury Park, consiste apenas em tinta verde pulverizada sobre uma parede em branco, que, quando vista do ângulo certo, fornece folhagem para uma cerejeira nua que fica num pequeno terreno relvado e cujos galhos foram aparados severamente, deixando-o com uma aparência atrofiada.
A pintura também apresenta uma figura em tamanho real estampada no chão com uma lata de spray, de modo que parece que acabou de pintar a folhagem e está a observar o seu trabalho.
É costume que o estúdio do artista autentique novos murais postando fotos nas redes sociais, e uma foto da árvore e da parede apareceu ontem na conta do Instagram do artista. Inteligentemente, a postagem inclui fotos de antes e depois, para ficar claro que o fotógrafo estava lá antes do mural aparecer.
Dezenas de pessoas têm ido ao local para ver o mais novo trabalho do artista de rua. “Parece uma mensagem pessoal para nós, residentes, estamos muito orgulhosos”, disse Wanja Sellers, que mora na rua do mural, à BBC. James Peak, que criou uma série de rádio da BBC sobre o artista, disse à publicação que o verde combina com o tom usado nas sinalizações da região, de modo que “parece que a árvore está a ganhar vida, mas de uma forma visivelmente falsa e sintética."
A política local Flora Williamson disse à BBC que era “incrível” ter uma obra de arte de Banksy “bem no meio de habitações sociais e numa das partes mais pobres do bairro. Acho que acrescenta intriga e cultura e dá vida à área.”
O conselho local está ciente da obra de arte e não a removerá como normalmente faria com grafites não autorizados, informou a BBC.
A peça apareceu não apenas alguns dias antes da chegada da Primavera, sugerindo uma mensagem de renascimento, mas também no Dia de São Patrício, pelo que a sua tonalidade verde lembra o vizinho do norte da Grã-Bretanha.
O ex-líder do Partido Trabalhista Jeremy Corbyn, que representa a área no Parlamento, foi citado pela Associated Press dizendo que o trabalho “faz as pessoas pararem e pensarem: ‘Espere aí. Vivemos num mundo. Vivemos num ambiente. É vulnerável e à beira de sérios danos.’”
Fonte: Artnet News