
De 2 de setembro a 15 de outubro, em Lisboa e Faro, a 4.ª edição da BoCA - Bienal de Artes Contemporâneas vai em busca do 'Presente Invisível' pela reivindicação dos corpos e dos gestos que não são dados a ver.
Nos mais de 30 projetos a descobrir, entre comissões, estreias mundiais e nacionais, reúnem-se artistas que se aventuram em novas criações, desenham-se colaborações que arriscam novas linguagens, projetos que lançam luz sobre as costuras e os fantasmas do mundo, e que sobretudo nos inspiram a inventar formas possíveis de habitar a concretude do presente.
É o caso de Paul B. Preciado, pensador obrigatório da teoria queer, que exibe, em antestreia nacional, o seu primeiro filme “Orlando, a minha autobiografia política”. Na Culturgest, o filósofo apresenta ainda a desafiante conferência-performance “Eu sou o monstro que vos fala”, também em estreia nacional.
Comissionado e produzido pela BoCA, o espetáculo "The Talking Car" marca a estreia da premiada artista visual polaca Agnieszka Polska na criação para teatro, reunindo Albano Jerónimo, Vera Mantero, Iris Cayatte ou Bartosz Bielenia em palco. Com apresentações na Culturgest (Lisboa) e no Teatro das Figuras (Faro), a BoCA projeta de seguida uma digressão nacional e internacional.
De regresso a Portugal, Héctor Zamora apresenta a sua nova criação, "Quimera". Prestando homenagem à comunidade migrante e à sua força de trabalho quase sempre invisível aos olhos dos outros, o artista mexicano apresenta uma ação com balões que formam palavras, nas ruas de Lisboa e Faro, numa alusão ao conceito de quimera na perspetiva migrante.
Também da América Latina, Gabriel Chaile, artista do norte da Argentina, concebe uma instalação de grande escala para a Praça do Carvão, no MAAT – um espaço onde a matéria, os símbolos e as epistemologias de culturas pré-colombianas misturaram-se com a vida contemporânea. Para visitar durante as semanas da bienal, com três momentos de ativações performativas.
Ao lado de nomes internacionais como Marina Herlop, Julian Hetzel, Ntando Cele ou Yvonne Rainer, juntam-se Vera Mantero, Teresa Silva, João Pais Filipe e Marco da Silva Ferreira, Ana Borralho & João Galante, João dos Santos Martins, Herlander, Gaya de Medeiros ou Cláudia Dias, alguns dos prolíficos artistas da cena nacional que enriquecem a 4ª edição da BoCA com estreias absolutas em formato de espetáculos, performances, instalações e concertos, a não perder.
FONTE: BoCA