
O artista Ai Weiwei disse que a sua nova exposição foi cancelada depois de ter postado comentários nas redes sociais a fazerem referência ao conflito Israel-Gaza. A exposição do artista e ativista chinês deveria ter sido inaugurada na quarta-feira na Lisson Gallery, em Londres.
Ai Weiwei que tem manifestado o seu apoio aos palestinianos, disse estar “empenhado em expressar a minha perspectiva”. A galeria disse que “não há lugar para debate que possa ser caracterizado como antissemita ou islamofóbico”.
A declaração dizia: “Depois de extensas conversas com Ai Weiwei, após um comentário que postou online, concordamos juntos que agora não é o momento certo para apresentar o seu novo trabalho”.
O seu post, que já foi excluído, sugeria que o “sentimento de culpa em torno da perseguição ao povo judeu” havia sido transferido e mantido contra o mundo árabe. Ai Weiwei também disse que a comunidade judaica tem uma forte influência na media, nas finanças e na cultura dos EUA, e que o apoio militar anual de US$ 3 bilhões dos EUA a Israel significa que os dois países têm um "destino partilhado".
Ai Weiwei disse que recebeu uma notificação da galeria de que a sua exposição foi “efetivamente cancelada devido ao meu tweet”. Um representante do artista disse que outras três exposições – na Lisson Gallery, em Nova York, e na Galerie Max Hetzler, em Paris e Berlim – também foram canceladas.
Na sua declaração, a Galeria Lisson afirmou que “todos os esforços devem ser para acabar com o sofrimento trágico nos territórios israelitas e palestinianos, bem como nas comunidades a nível internacional” Acrescentou: “Ai Weiwei é conhecido pelo o seu apoio à liberdade de expressão e por defender os oprimidos, e respeitamos e valorizamos profundamente a nossa relação de longa data com ele”.
Fonte: BBC News