O chefe de Estado cortou a fita de inauguração durante uma visita a Waddesdon Manor, uma propriedade histórica da família Rothschild a cerca de 80 quilómetros a noroeste de Londres.
No entanto, coube ao ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, o discurso, no qual salientou que "uma obra em que o artista é português, os materiais são portugueses, mas o contexto e o local são inequivocamente britânicos, é uma excelente combinação para celebrar os 650 anos".
"Joana é sinónimo de criatividade, de inesperado, de quebrar sempre novas barreiras nas expressões artísticas", afirmou o chefe da diplomacia portuguesa.
Joana Vasconcelos começou a trabalhar neste projeto em 2017, o que implicou recuperar moldes e voltar a produzir muitas peças decorativas de edifícios e de fachadas de edifícios comuns do princípio do século XX.
No total, foram usados cerca de 25 mil azulejos, 1.238 peças de cerâmica e 3.500 peças de ferro forjado, tudo produzido em Portugal e desmontado para ser transportado para Inglaterra. "Este é um trabalho que foi feito com muito amor, com amor incondicional por Portugal, pelo seu património, amor incondicional pela cerâmica e amor incondicional pela tradição", resumiu a artista.
As visitas guiadas do público ao "Bolo de Noiva" vão decorrer entre 18 de junho a 26 de outubro, às quintas-feiras e alguns domingos.
"Bolo de Noiva" é um edifício de 12 metros de altura revestido de azulejos e peças decorativas vidradas da Fábrica Viúva Lamego que demorou cinco anos a ser concluído.
A deslocação do Presidente da República encerrou uma visita ao Reino Unido para celebrar os 650 anos da Aliança Luso-Britânica, que ficou marcada por um encontro com o Rei britânico Carlos III, no Palácio de Buckingham.