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Investir em Arte
Quer investir em arte, mas não sabe por onde começar? É um novo colecionador e precisa de mais orientação? A P55.ART reuniu uma lista de 5 artistas contemporâneos de renome. Descubra qual é artista mais influentes da atualidade na qual quer investir. Confira as dicas da P55.ART para quem está começar a colecionar arte. Se tiver dúvidas, comunique connosco!
1. Maria Helena Vieira da Silva
Vieira da Silva é uma artista de renome que se envolveu na pintura abstrata. A sua obra composta por uma poesia de cores e formas, inspiradas nas grandes cidades é repleta de traços suaves. Trabalhou em escultura, ilustrações, decorações teatrais e dedicou-se também à tapeçaria. A artista trabalhou e viveu essencialmente em Paris, contudo é possível descobrir na sua obra vestígios de Lisboa. Devido à Segunda Guerra Mundial e ao Estado Novo, refugiou-se no Brasil com o seu marido, o pintor Arpad Szenes. Foi principalmente a partir do período pós-guerra que a sua obra começou a ser reconhecida e celebrada nacionalmente e internacionalmente, com diversas encomendas e exposições. Atualmente, os seus trabalhos são apreciados em diversas partes do mundo pela forma como revolucionaram a arte. Sem dúvida, um bom investimento para quem adora arte abstrata.
2. Paula Rego
A pintura “School for Little Witches”, da artista portuguesa Paula Rego, foi vendido na quarta-feira por 415 mil libras (500 mil euros), num leilão em Londres, acima da estimativa da Christie’s. Datado de 2009, o quadro de 154 por 121 centímetros mostra um grupo de crianças e os seus cuidadores adultos, “como que clientes de uma creche absurda”, pode ler-se no ensaio sobre a obra, publicado pela leiloeira. Cada vez, a pintora portuguesa vende mais obras a preço exuberantes. Tudo indica que cada vez mais as suas peças aumente de valor por isso será sempre um bom investimento. Paula Rego (1935) ganhou o reconhecimento como uma das maiores artistas do nosso tempo, a nível nacional e internacional pelas suas obras profundamente ambiguas e figurativas. Do abstracionismo ao conceptualismo, as suas peças inserem-se num campo figurativo próprio: «o belo grotesco». Em composições surreais com uma crueldade - tanto subtil quanto explícita - a artista portuguesa demonstra o seu próprio imaginário, a brutalidade dos contos populares portugueses, as relações familiares disfuncionais, os sistemas políticos e estruturas sociais. As mulheres e meninas são colocadas em primeiro plano, e muitas vezes os animais substituem os humanos. Entre a vida e a arte, Paula Rego demonstra as suas preocupações e convicções, é exemplo disso, a produção da série intitulada «Aborto» por concordar com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez.
3. Armanda Passos
Armanda Passos destacou-se na produção artística portuguesa com as suas repletas de significados profundos ligados ao seu espaço íntimo. Nas cores vivas dos seus retratos vemos, em jeito de sonho, as suas interpretações sobretudo da mulher, como figura e representação. Além das figuras femininas, denota-se nas suas obras a sua relação com a natureza, em particular com as aves e pelo desenvolvimento de uma técnica revolucionária com a serigrafia. Não se via notada na pintura, nem no desenho e não perspectivava um futuro artístico, contudo o destino tornou-a numa das mais predominantes artistas portuguesas, marcando a arte do final do século XX e do início do século XXI. Deixou uma obra repleta de pinturas, desenhos e serigrafias que representam um talento que se manifestou suavemente. Actualmente, as suas peças estão presentes em várias coleções, nomeadamente do Museu Nacional de Arte Contemporânea, do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, na Fundação de Serralves e no Museu Amadeo de Souza-Cardoso. Após o seu falecimento no ano passado, as suas obras tem vindo a ser apreciada, sendo um ótimo investimento para os apreciadores de arte figurativa.
4. Graça Morais
Envolvida no mistério e na surpresa, Graça Morais (1948) cria obras que transmitem ao espectador a sua memória do mundo rural, da aldeia de Vieiro em Trás-os-Montes, onde nasceu e cresceu. Numa relação entre o corpo, o pensamento e a vivência, a artista pinta com traços fortes os rostos de uma aldeia, as histórias do povo português, os seus costumes, o modo de trabalhar e o poder da maternidade. Além da pintura, criou ilustrações para livros e painéis de azulejos em vários edifícios como o Edifício da Caixa Geral de Depósitos em Lisboa, a Estação de Bielorrússia do Metropolitano de Moscovo, entre outros. Graça Morais representou Portugal na XVII Bienal de São Paulo em 1983. Em 2008, foi inaugurado o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais (CACGM) em Bragança, da autoria do arquitecto Souto Moura, que dispõe um núcleo de várias salas dedicadas à obra da pintora. Lembre-se das origens portuguesas com as obras de Graça Morais!