O artista visual Jorge Molder vai revelar um conjunto de 22 obras inéditas na nova exposição de fotografia intitulada 'Grandes Planos', que é inaugurada na sexta-feira na Galeria Miguel Nabinho, em Lisboa.
Jorge Molder é reconhecido por uma obra em fotografia a preto e branco cujo conteúdo é habitualmente o seu próprio corpo, em particular o rosto e as mãos, e também objetos apresentados de forma enigmática e simbólica. As imagens envolvem uma interação muitas vezes desorientadora para o observador, e o trabalho de Molder levanta a questão de quem examina quem, se é o observador que olha o objeto ou vice-versa. Nasceu em 1947, em Lisboa, Jorge Molder estudou Filosofia na Universidade de Lisboa e começou a sua carreira como artista na década de 1970, tendo apresentado a primeira exposição individual na Cooperativa Árvore, no Porto, em 1978, 'Fotografias de Dentro e de Fora', com poemas de Joaquim Manuel Magalhães e João Miguel Fernandes Jorge.
Em 1992 foi feito Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique, em 2007 ganhou o prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) e em 2010 venceu o Grande Prémio EDP/Arte, de carreira. Foi convidado na Bienal de São Paulo de 1994, tendo representado Portugal na Bienal de Arte de Veneza de 1999.