Young Blood
Os jovens artistas costumam ser uma fonte de novas ideias com obras de arte menos convencionais, o que contribui para um aumento da diversidade de expressões culturais. Embora a pandemia tenha afetado o mercado global de arte, os artistas não pararam de trabalhar e isso levou à sua ascensão. Quem são os jovens artistas da P55? Descubra neste artigo cinco jovens pertencentes à nova geração de artistas.
Influenciada pelos grandes pintores da arte abstrata, Sara Seabra rejeita a pintura tradicional e dá asas às suas emoções e expressões nas peças que produz. Os seus sentimentos são representados diretamente, através dos movimentos formados nas telas, as cores e tonalidades. Denota-se predominantemente a influência de artistas como Wassily Kandinsky e Jackson Pollock na sua expressão artística. Contudo, Sara Seabra oferece um novo elemento à sua pintura, ao introduzir linhas proveniente de um outro meio sem ser a tinta - a artista introduz o fio e o tecido à sua produção, seja na tela como noutros elementos.
As composições de Joana Duarte descrevem as linhas essenciais da pintura: cor, forma, textura e movimento. Nas suas obras com grandes influências abstratas, são utilizados poucos elementos com limites indefinidos que criam interessantes relações cromáticas de grande subtileza. As manchas de cor presentes na sua pintura oferecem ao espectador uma porta para as emoções cruas e para o imaterial, ao explorar preferencialmente as qualidades tácteis e os efeitos sensíveis da cor.
Patrícia Marinho explora nos seus trabalhos gráficos as possibilidades de expressão ao inspirar-se por aquilo que a rodeia. Nas suas peças são recorrentemente representadas figuras do dia-à-dia, sejam humanas ou orgânicas. Evidencia-se a importância da pesquisa no processo criativo da artista pela influência das linhas minimalistas que tornaram possível a construção de um traço facilmente reconhecível. Atualmente trabalha como freelancer nas áreas da ilustração e do design gráfico, continuando a marcar presença na cultura da cidade de Guimarães, ao continuar a expor no Guimarães Noc Noc, ao ilustrar o mapa Use-It de Guimarães, e a mais recente, a instalação comemorativa dos 154 anos do nascimento de Raul Brandão “Ouves o grito? Ouve-lo”.
Na sua pintura, Miguel Ângelo explora a questão da conexão entre imagem, remetendo para uma ideia de memória ou narrativa individual. Acima de uma qualquer preocupação com a semelhança para com o modelo que toma por base, impera no seu trabalho o valor dado ao caráter performativo do gesto da pintura e à sua materialidade. Para a construção das suas obras, constantemente envolvidas no campo da pintura figurativa, seja no retrato ou paisagem, o artista vai recolhendo imagens de frames cinematográficos, fotografias do seu quotidiano e obras de vários artistas ao longo da história da arte. Estas imagens são transformadas ao longo do processo da pintura, acabando por representar algo que está presente fora delas.
Nascido em Goiânia, no Brasil, o Tal do Simiema encontra-se atualmente a viver em Portugal. Preocupado com o meio ambiente e as questões sociais envolvidas, utiliza apenas materiais sustentáveis e de baixo impacto ambiental, formando tecidos brilhantes e marcantes, que causam diversos sentimentos. Em cada pincelada, há um grito para chamar a atenção para as causas desde ambientais até aos direitos humanos. Já participou em exposições em Lisboa e no Festival Noc noc de Guimarães 2020.