Introduzindo nas suas obras elementos expressivos, profundos e ambíguos, Paula Rego (1935-2022) ganhou o reconhecimento como uma das maiores artistas do nosso tempo, a nível nacional e internacional. Do abstracionismo ao conceptualismo, as suas peças inserem-se num campo figurativo próprio. Em composições surreais com uma crueldade - tanto subtil quanto explícita - a artista portuguesa demonstra o seu próprio imaginário, a brutalidade dos contos populares portugueses, as relações familiares disfuncionais,
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Introduzindo nas suas obras elementos expressivos, profundos e ambíguos, Paula Rego (1935-2022) ganhou o reconhecimento como uma das maiores artistas do nosso tempo, a nível nacional e internacional. Do abstracionismo ao conceptualismo, as suas peças inserem-se num campo figurativo próprio. Em composições surreais com uma crueldade - tanto subtil quanto explícita - a artista portuguesa demonstra o seu próprio imaginário, a brutalidade dos contos populares portugueses, as relações familiares disfuncionais, os sistemas políticos e estruturas sociais. As mulheres e meninas são colocadas em primeiro plano, e muitas vezes os animais substituem os humanos. Entre a vida e a arte, Paula Rego demonstra as suas preocupações e convicções, é exemplo disso, a produção da série intitulada «Aborto»por concordar com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez.