Alberto Gordillo foi um visionário na joalharia portuguesa, que nasceu em Moura no ano de 1943. O seu amor pela ourivesaria floresceu desde cedo, aos 12 anos, quando iniciou a sua jornada na arte da ourivesaria na oficina de um tio, em Lisboa. Demonstrando uma inclinação incomum para a época, começou a criar peças extravagantes, incorporando novos materiais, e as suas primeiras jóias modernas datam do final dos anos 50. Reconhecido como
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Alberto Gordillo foi um visionário na joalharia portuguesa, que nasceu em Moura no ano de 1943. O seu amor pela ourivesaria floresceu desde cedo, aos 12 anos, quando iniciou a sua jornada na arte da ourivesaria na oficina de um tio, em Lisboa. Demonstrando uma inclinação incomum para a época, começou a criar peças extravagantes, incorporando novos materiais, e as suas primeiras jóias modernas datam do final dos anos 50. Reconhecido como o pioneiro da Joalharia Moderna Portuguesa, Alberto Gordillo destacou-se como um habilidoso joalheiro, mas também como um escultor talentoso. A sua criatividade e habilidade únicas o levaram a criar peças que desafiavam as convenções tradicionais, tornando-o o mais premiado na área, frequentemente mencionado em publicações especializadas e realizando o maior número de exposições. A partir de 1965, começou a produzir protótipos das suas próprias criações para fábricas de ourivesaria, resultando na reprodução em massa de milhares de peças baseadas no seu design inovador. Entre as suas notáveis obras de alta joalharia está o célebre colar-teia, feito com 300 gramas de platina e ornamentado com 150 brilhantes, exibido na Bolsa dos Diamantes de Londres e posteriormente exposto no Museu Nacional do Traje, como parte da colaboração com a Bienal Lisboa94, Capital Europeia da Cultura. O ano de 1974 foi marcante para Alberto Gordillo, pois foi quando fundou a Galeria Tempo em Lisboa, proporcionando um espaço para exibir o seu trabalho e o de outros artistas. Nesse mesmo ano, apresentou uma exposição retrospectiva das suas jóias, destacando a evolução e a singularidade da sua arte ao longo do tempo. Alberto Gordillo não se limitou apenas à joalharia. Em 1963, realizou a primeira exposição de joalheria e, posteriormente, em 1971, a primeira de escultura, demonstrando a sua versatilidade artística. Em 2001, uma exposição documental e bibliográfica com cerca de mil publicações (jornais, revistas, catálogos e livros) foi apresentada na Galeria Municipal de Arte de Moura, sua cidade natal. O legado de Alberto Gordillo é tão significativo que um Museu de Joalharia Contemporânea Alberto Gordillo está em fase de construção em Moura, honrando a sua contribuição para o mundo da arte e da joalharia.