Francisca Sacadura Botte

Francisca Sacadura Botte cresceu numa família tradicional Portuguesa rodeada por artistas e coletores de arte num ambiente exigente e conservador. Fortemente influenciada pela família, estudou Direito na Universidade de Coimbra, tendo desistido antes de terminar. Para desgosto da família, escolheu seguir suas próprias aspirações e encontrar seu próprio caminho. Sempre considerou que o seu percurso não podia ser ditado pelas "leis normais de convivência" que lhe eram impostas. Iniciou um período de profunda introspecção e pesquisa autodidata sobre a História da Arte e as grandes questões artísticas do Mundo Contemporâneo. A sua pintura destaca-se pela carga emocional de cores fortes e linhas definidas, uma preponderância de vermelhos intensos e azuis escuros profundos. Uma definição coerente num mundo indefinido. A sua pintura define-se como um grito de liberdade pela diferença. Sempre inspirado pela música, fortemente influenciado pelo jazz, a influência visceral de Mark Kozelek, a métrica sensual de Piazzolla e a alienação de David Bowie. Encontrou forte inspiração na literatura que acaba por ser um vínculo que de alguma forma orienta seu processo artístico. Assume-se como uma grande admiradora de Paul Gauguin, pela forma como percorreu desesperadamente lugares do mundo onde podia ser fiel a si próprio – à sua arte, à sua paixão pela filosofia da vida moderna e pela poesia, e também de Franz Kafka, pela forma como através da escrita, contrariou expectativas familiares e os móbiles do seu século. Atualmente dedica-se à pintura a tempo inteiro em todo o mundo.