As pinturas de Isabel Murteira revelam temas perturbadores, que incomodam a sua mente ou simplesmente expressam sentimentos pessoais íntimos e estados mentais divergentes que surgem repentinamente e com frequência, tal como melancolia, nostalgia e solidão, mas também alegria e alegoria. Manifestam-se na sua expressão visual maioritariamente figurativa, um universo paralelo que existe apenas na mente da própria artista, com cenários e objetos distorcidos, criaturas imaginárias e lugares vibrantes misturados com cores e padrões que não correspondem
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As pinturas de Isabel Murteira revelam temas perturbadores, que incomodam a sua mente ou simplesmente expressam sentimentos pessoais íntimos e estados mentais divergentes que surgem repentinamente e com frequência, tal como melancolia, nostalgia e solidão, mas também alegria e alegoria. Manifestam-se na sua expressão visual maioritariamente figurativa, um universo paralelo que existe apenas na mente da própria artista, com cenários e objetos distorcidos, criaturas imaginárias e lugares vibrantes misturados com cores e padrões que não correspondem à nossa realidade comum. A artista quer revelar ao espectador um universo que, por um lado, lhe crie desconforto e transtorno e, por outro, lhe dê espaço para interpretar e criar a sua própria história, simultaneamente conectando os seus símbolos e ideologias pessoais. É um "jogo" em que se esconde algo por trás das pinturas, desafiando o espectador a adivinhar o que está a acontecer nessa dimensão paralela tão peculiar. No fundo, é um constante questionamento do mundo exterior e interior através da pintura. A sua carreira artística manifesta-se principalmente em pintura, mas também tem explorado outras práticas artísticas nomeadamente: desenho, gravura, cerâmica e ‘book biding’.