Romano Saraiva, a nível artístico, não circunscreve a sua obra a um conjunto de conceitos, metodologias ou materiais, pois considera que o poder da arte reside na necessidade criadora que irrompe através das barreiras pré-estabelecidas daquilo que é expectável. Consequentemente, o que move a sua criação artística não é a rigidez de um léxico formal na procura de uma resposta, mas, pelo contrário, a sua obra sugere uma vertente psicanalítica que pretende decompor
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Romano Saraiva, a nível artístico, não circunscreve a sua obra a um conjunto de conceitos, metodologias ou materiais, pois considera que o poder da arte reside na necessidade criadora que irrompe através das barreiras pré-estabelecidas daquilo que é expectável. Consequentemente, o que move a sua criação artística não é a rigidez de um léxico formal na procura de uma resposta, mas, pelo contrário, a sua obra sugere uma vertente psicanalítica que pretende decompor a forma, a cor e o conteúdo, recorrendo a dialéticas antagónicas que exploram a percepção, a imaginação e a crença. No fundo, na obra deste artista, existe uma busca incessante pelo próximo passo de uma viagem interminável – diga-se, as interrogações são o propósito e o caminho da transformação, aliás, da transmutação de ideias em matéria - numa batalha constante entre o inteligível, o tangível e o inatingível. No decorrer do seu percurso - desde 2013 - integrou diversas exposições coletivas – sendo que, em 2020, participou na XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira e foi-lhe atribuída a Menção Honrosa na categoria de escultura pelo Museu das Artes de Sintra.