Na maioria das vezes, o orgulho LGBTQ+ é compartilhado com o símbolo do arco-íris. Enquanto o arco-íris sinaliza identidade compartilhada, comunidade e aliança, as experiências vividas transcendem símbolos e slogans. Neste mês do orgulho, a P55.ART destaca artistas cujo as suas obras vão além do arco-íris, num reconhecimento de que, apesar do aumento da representação, muitos aspectos da experiência queer ainda são invisíveis ou unidimensionais. 

Considerado o artista espanhol mais importante da segunda metade do século XX, Antoni Tapies ficou conhecido pelas suas pinturas com técnica mista que incorporavam pó de mármore, objetos encontrados e resina. As suas pinturas altamente texturizadas e táteis foram influenciadas pela sua experiência da política e do ambiente da guerra e do estado pós-guerra do governo espanhol.

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Ao criar uma linguagem plástica com composições fascinantes, o artista espanhol Salvador Dalí (1904–1989) tornou-se numa das principais figuras do surrealismo. Este movimento que se enquadra nas vanguardas da década de 1920, propunha a transposição e libertação do inconsciente nas experiências plásticas. As suas obras «The Temptation of St. Anthony» (1946) e «The Persistence of Memory» (1931) apresentaram na altura uma forma completamente inovadora de compreender o irracional, através de objetos como relógios derretidos e animais extraordinários. Além de artista plástico, Salvador Dalí foi escritor, cineasta e cultivou durante a sua carreira a sua personalidade excêntrica, a partir das suas características comportamentais e físicas, tal...