
5 artistas a seguir se gosta de Manuel Cargaleiro
O artista português Manuel Cargaleiro (n. 1927) criou uma linguagem marcante no mundo artístico pela combinação da cerâmica e da pintura, através de jogos entre cor, luz e sombra. As suas obras são fortemente caracterizadas pelo recurso à geometria e à linguagem abstrata, tendencialmente não-figurativa. As pinceladas espontâneas e dinâmicas com cores vibrantes, sobrepõem-se à forma, reduzindo a formalidade que caracteriza os elementos geométricos. A exploração da cor é uma das principais características da sua obra, por revelar sentimentos e criar diversos espaços numa só composição. Denota-se a influência do azulejo tradicional português, pela repetição dos quadriláteros e o uso de cores como azul e branco. Além da pintura e cerâmica, Manuel Cargaleiro também explorou o desenho, a escultura, a tapeçaria e a gravura.
1.Vieira da Silva
Vieira da Silva conheceu o artista plástico Manuel Cargaleiro em 1954. Conheceram-se na exposição colectiva na Galeria de Março, e dai resultou uma longa amizade. Esta continuou a florescer em Paris, quando Manuel Cargaleiro foi aceite como bolseiro e Vieira da Silva decide amadrinhá-lo. Vieira da Silva e Manuel Cargaleiro partilham o gosto pela azulejaria portuguesa e pela arte abstrata. Desta cumplicidade resultou, em 1983, a decoração da estação da Cidade Universitária do Metropolitano de Lisboa, onde trabalharam juntos pela primeira vez. Os portugueses, Manuel Cargaleiro e Vieira da Silva, foram dos últimos artistas que integraram esta conhecida escola de Paris e também a última geração do movimento abstracionismo lírico.
2.Vicente Faria
As composições abstratas, unem os dois artistas que nos transportam para realidades diferentes, concebidas através de texturas e pinceladas expressivas de cores intensas, remetendo para situações vividas, emoções e ações carregadas de sentimento e força de liberdade. Vicente Faria cria através de descrições e representações, acerca das emoções adquiridas por vivências. Um estudo do momento, e do agora, que na obra coloca o espaço e a composição no centro da reflexão. Desafia o azar, o sentimento inquietante que leva a uma contínua exploração de riscos inerentes, havendo variadas possibilidades de expressão utilizando uma constante mistura de linguagens. Uma representação múltipla de ações que dão voz ao inconsciente.
3.Reinhard Sommer
As semelhanças entre os dois artistas advém das texturas, pinceladas e cor inseridas na linguagem abstrata. Este movimento que surgiu no pós-guerra abraçou o poder e estética formal em vez da representação literal.
“My job - textile printer, my calling - to enter the world of shapes, colors and structures and to leave it as a master. As a visionary, I try to combine art – philosophy – genius and madness. I taught at the University for Artistic and Industrial Design in Linz. Worked at the side of Prof. Ernst Fuchs and Wolfgang Hutter on the implementation of their art on fabric. I also developed printing and design for international eyewear manufacturers such as Dior, Paloma Picasso, Viennaline, Dunhill and many more. This was followed by solo exhibitions, “Wave of Life” openings, artist in residence and action art projects. I work with Icon Gold Pigment, which was specially developed for my technique. My large-format works deal intensively with coloring, i.e. the composition of shades of color that arise from the fine squeegee technique. The series of images are expressive, strong works that, thanks to their abstractness, bring art perfectly into the room.” — Reinhard Sommer
4.Piet Mondrian
Piet Mondrian ficou conhecido pela a criação de um estilo artístico novo, que não se baseou em técnicas típicas, mas na sua interpretação filosófica de questionar o próprio limite da arte ao romper com as formas convencionais da pintura. As suas composições com cores primárias, projetadas de modo assimétrico, e linhas pretas ortogonais, demonstrando assim a beleza estética e o limite da própria pintura. Antes, das suas famosas pinturas repletas de quadrados com cores primárias, Piet Mondrian criou peças abstratas que se assemelham às obras do mestre Manuel Cargaleiro.
5.Sonia Delaunay
Manchas de cores subtis e belas são reunidas para criar composições harmoniosas, tanto de Sonia Delaunay como nas obras de Manuel Cargaleiro. Sonia Delaunay foi uma artista e designer francesa que ficou conhecida por usar ousados padrões geométricos coloridos. “Para mim, não há lacuna entre minha pintura e meu chamado trabalho 'decorativo”. Nunca considerei as 'artes menores' artisticamente frustrantes; pelo contrário, foi uma extensão da minha arte.” Foi em Paris que conheceu e depois se casou com o marchand Wilhelm Uhde, que serviu como meio para Delaunay se tornar cidada francesa. Durante esses primeiros anos em Paris, suas pinturas sofreram uma mudança formal influenciada pelas cores vivas do fauvismo. Foi Uhde que a apresentou ao seu futuro marido Roberto Delaunay. Divorciou-se e casou com Roberto Delaunay. O novo casal foi pioneiro na fusão de cubismo e neo-impressionismo, mais tarde considerado orfismo pelo poeta Guillaume Apollinaire. A artista usou esta nova abordagem estética para produzir pinturas, tecidos e desenhos ao longo da sua carreira. Em 1964, Delaunay tornou-se a primeira artista feminina viva a ter uma retrospectiva no Museu do Louvre. Faleceu em 5 de dezembro de 1979 em Paris, França, aos 94 anos. Hoje, as obras da artista encontram-se nas coleções do Museu de Arte Moderna de Nova York, do Museu de Arte Carnegie em Pittsburgh e do Museu Hermitage em São Petersburgo, entre outros.